domingo, 12 de junho de 2011

Tendências Pedagógicas no Ensino da Arte


          Neste período o desenho era relacionado a o processo industrial, o qual preparava indivíduos para desempenhar funções em fabrica ou serviços artesanais.
Entre 1930 e 1970 os programas de desenhos eram assim estruturados.
·                         Desenho do natural (observação, representação  e copia dos objetos)
·                         Desenho decorativo (faixas, ornatos, gregos, estudo de letras, barras de decorativas e painéis)
·                        Desenho geométrico (morfologia geométrica e estudo de construção geométrica)
·                        Desenho pedagógico nas escolas normais (esquema de construção de desenho para ilustrar aulas).
       Na escola tradicional, a educação visava buscar o aperfeiçoamento através da repetição. Assim como o conteúdo e o conhecimento se davam pela receptiva e mecânica, as peculiaridade individuais não eram consideradas. Numa concepção didática predominava a autoridade do professor que impunha ao aluno silêncio, atenção e disciplina.

 A escola nova e a arte

      Surge no Brasil em 1930 mas se afirma como tendência entre os anos de 1950|1960, uma metodologia totalmente controvérsia a escola tradicional.
      Através de Jhon Dewey, Hebert Read, Viktor Lewelfeld a Escola Nova torna-se uma marco curricular importantíssimo na historia da educação brasileira.
      A Escola Nova preconizava os aspectos psicológicos do desenvolvimento, os conteúdos surgiram através das experiências vivenciadas. Neste período o importante foi “aprender a aprender”. A educação era centrada no aluno e o professor um facilitador para o entendimento.

A escola tecnicista e a arte

        Entre os anos de 1960 e 1970 para atender os interesses da sociedade industrial e a preparação de alunos para o mercado de trabalho surge a Escola Tecnicista.
Behaviorismo era a base psicológica da proposta, sua metodologia era mais mecânica e racional, visando moldar o aluno as normas das escolas.
        Neste período a LDB 5692|71 introduzem a educação artística no currículo escolar do ensino fundamental e médio.
        Assim a escola tecnicista solicitava ao professor que fosse eficiente e eficaz ao levar o aluno a “A aprender a Fazer”. “ Um professor que desempenhasse um papel técnico, “neutro” e “imparcial”.

sábado, 11 de junho de 2011

PCNS - ARTE- ENSINO - MÉDIO

      Os PCNS EM, servem para nortear a educação pertinente ao Ensino Médio, porém como  todo documento que abarca uma responsabilidade de contemplar um país inteiro está passível a erros, equívocos e acertos, ao meu ver ele está mais direcionado para o sucesso do que ao insusseso.
Percebo esta aproximação do professor-aluno proporcionada por um canal de trocas de informação primordial, hoje os parâmetros curriculares permitem ao professor liberar o aluno da repetição mecânica ou da decoreba, pois um referencial que prima pela busca de HABILIDADES e COMPETÊNCIAS oportuniza o educando a interagir no meio que está inserido, como ser crítico e atuante da sociedade em que vive, e só alcançamos este estágio se realmente estimularmos nossa vontade de aprender, de saber, de descobrir.
Mais especificamente no PCNS - EM - ARTE encontraremos subsídios para nortear os estudo do ensino médio permitindo que o aluno que estuda no estado do Pará tenha o mesmo acesso ao conhecimento do que estuda no estado do Rio Grande do Sul, sem deixar de conhecer suas culturas, seus artistas e sua história, mas que seja capaz de interagir e migrar de um estado para o outro sem o prejuízo de ser capaz de ...
Mas volto a citar a injustiça feita com a disciplina de Arte nos Ensino Séries Finais e Ensino Médio onde a carga horária é infima para contemplar tudo o que o Mec deseja alcançar como contribuição na formação escolar de um aluno através da disciplina de Artes.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS
Professora Formadora    Andrea Hofstaetter
Tutoras a Distância: Lúcia Moraes - Patrícia Vianna Bohrer
Pólo Santo Antônio da Patrulha: 5ºSEM-2011/1

IDEIA PARA PLANO DE AULA
Tema Gerador: Reitura de Imagens
Após trabalhar a Observação de imagens e a Leitura Estética de Imagens foi trabalhado a Releitura de Imagens.
Para alcançar um melhor resultado foi realizado um trabalho em conjunto, a professora de Ensino Religioso ficou com as questões religiosas, o professor de Geografia com os dados geográficos, e a história com os fatos históricos e a professora de Artes com a Releitura da Imagem.


ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO EDGARDO PEREIRA VELHO
Professora: Anelise Ferreira da Silva                           Disciplina: Artes
Turma: 7ª série                                                                  Turno: Manhã
Carga Horária: 1h/a semanal                                         Duração: 3h/a
Período de aplicação: 6/05-13/05-20/05

Habilidades e Competências:
ü  Ler e Observar aspectos construtores da imagem
ü  Construir e desconstruir conceitos a partir da imagem
ü  Reformular a imagem conforme conceitos próprios
ü  Compreender os diferentes pontos de vista

Justificativa
A arte vem desempenhando um papel atuante na sociedade que a cerca, propondo situações de contextualização com o cotidiano, desta forma sentiu se a necessidade de debater sobre as questões mundiais que envolvem o Terrorismo, a Religiosidade, a política que no atentado as Torres Gêmeas no dia 11 de setembro  de 2001 e a morte de Osama Bin Ladem no dia 2 de maio de 2011.
Atividades
1ª Aula:  6/05/2011
Para iniciar a situação de aprendizagem proponho uma definição de Releitura para dar início às atividades.


Num segundo momento, em grupos de quatro alunos apresentar a imagem Las Torres Gemelas,2005 Osvaldo Salermo, Materiais Diversos, para que anotem observações com relação as cenas, e sua Leitura Estética.


Na seqüência solicitar que os alunos tragam para a sala de aula na próxima aula para composição da releitura.

Segunda aula:13/05/2011
Dirigi los à sala de Artes, montarem os grupos, cada grupo organiza os materiais que trouxeram de casa.
No centro da sala dispor os materiais existentes na escola e outros trazidos pela professora para trocas entre os mesmos. (tesoura, cola, régua, revistas, papeis de diferentes gramaturas e cores, cola quente, tintas, pincéis, canetas, lápis de cores, giz de cera, etc.)
Dar total liberdade de expressão e deixa los confortáveis quanto as suas construções.


Terceira aula: 20/05/2011
Apresentar os trabalhos para os colegas descrevendo o processo que envolveu a construção e as dificuldades ou não do grupo em faze lo e expor no Hall da Escada da escola.















            Achei interessante a realização deste trabalho, pois os alunos conseguiram estabelecer e entender os processos que envolvem a Observação, Leitura Estética e a Releitura.
            Outro dado importante foi as diferentes  formas de ver a tragédia de 11 de setembro, alguns trabalhos não deixaram o avião entrar nas Torres, outros destacaram a explosão e os corpos caindo do prédio, a maquete sinalizou para a paz que existia nas Torres antes do atentado, ou seja cada um alimentou se de um sentido da obra e chamou atenção para isso.
            O aluno que está preparado quanto as leituras de imagens lê a arte, lê o mundo e lê a vida, pois tem um olhar mais desprendido.

Ensino da Arte no Brasil

Notoriamente é sabido que o Brasil é o maior detentor de miscigenação de raças e, por conseguinte um dos maiores diversificadores de cultura, recebemos esta influencia advinda na música, na dança, na teatralidade e nas artes visuais disseminadas em todo o país.
  Com D. João VI, recebemos a Missão Artística Francesa que primava pelas cópias fiéis e a apropriação dos modelos europeus embora o país vivenciasse a era Barroca.
Durante seu percurso a arte sofreu mudanças, e com a implantação da  LDB nº 9.394 em 1986 onde cita que: “O ensino de arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis de educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos  alunos” abriu precedentes para que se  tomasse mais personalidade, o laise fair por si só já não contempla as necessidades educacionais no país.
Ao ser trazido para o Fórum o trajeto da arte no Brasil, percebemos o quanto a filosofia artística se perdeu em dado momento, sempre estivemos a sombra das inovações ou modelos artísticos que iam surgindo na Europa, a exemplo, com toda a cultura existente no país lançávamos um olhar externo e jamais um olhar introspectivo, despercebendo as relíquias existentes na arte brasileira.

Educar Para Compreensão da Arte

De certa forma a educação da maioria das (os)  professoras (es) que estão buscando esta graduação assemelha se a experiência vivida pela professora Khatarine Watson no Sorriso de Monalisa, quando em seu primeiro encontro depara se com alunas sendo preparadas para habilidades matrimoniais, sem  interessar  o quanto tinham condições de refletir e sim o quão obedientes podiam ser como esposas, pode parecer estranha essa minha colocação, mas na maioria das vezes que me pego refletindo a educação na área de artes que tive foi meramente copista em determinado momento e artesanal em outro.
 Nos dias atuais é praticamente impossível ensinar ou aprender assim, as pessoas mudaram, as tecnologias avançaram, as mentes estão a frente de seu tempo, quem imaginaria que poderíamos visitar virtualmente exposições no MASP, MARGS, IBERERÊ, LOUVRE e dentre outros Museus. A arte hoje convida a refletirmos, para que saiamos da zona de conforto e com as Bienais possamos construir e desonstruir conceitos, para que saibamos que a cada camada de pintura houve um sentimento, uma proposta e um comprometimento com as gerações futuras, sentar se hoje a frente de algumas manifestações artísticas, como instalações, performances, pinturas, fotografias, vídeos e poder trocar de lugar simultaneamente sendo parte desta ou daquela proposta é uma sensação única.

sábado, 7 de maio de 2011

PCNS- Artes Visuais e suas Contemplações.

Tenho percebido ha algum tempo que os PCNS das áreas de diversos conhecimentos tem direcionado sua filosofia ao pensamento crítico, construtivo, que contemplem um conhecimento permanente que permita fazer conexão entre as áreas do pensamento, hoje a educação física quer que o aluno aprenda a respeitar seu corpo, sua mente, seus limites se utilizando do jogo muitas vezes como ferramenta e não somente como conteúdo, a biologia vem com a "missão" de levar o aluno a interagir com as questões ambientais, o fazendo interagir agora, a arte com a possibilidade de questionar, vivenciar, interdisciplinar. Hoje não temos mais uma educação que o conhecimento vem por transmissão, o professor um agente ativo e o aluno um agente passivo, temos sim uma educação que o professor intermedia o conhecimento a ser adquirido pelo aluno e o próprio aluno, faz trocas.
PCNS de arte promove uma abertura e flexibilidade que possibilitam compor um Plano de Estudos que contemple a realidade social e por que não cultural de cada região, mas que explorem as Artes Visuais, a dança, o teatro e a musica.
Na escola onde atuo como professora de Artes e Educação Física, participamos em massa no curso Lições do Rio Grande e a partir deste momento percebemos uma oportunidade de dividirmos o conteúdo e somarmos em conhecimento do aluno e desta temos definido temas geradores para os projetos e cada área alimenta se desta proposta. No ano passado um dos temas foi o chimarrão e a cultura riograndense, imediatamente trouxe pra sala o artista Glauco Rodrigues, com ele trabalhei o gravurismo, na educação física  as Lesões por Esforço Repetitivo (LER)e  as DORT, como objeto de estudos os tiros de laço. 
Os exemplo dados podem parecer sem coerência, mas quando se juntam com as outras disciplinas se complementam, articulam se e temos a oportunidade de viajar de forma conjunta que leva o aluno a fazer conexões e adquirir então um conhecimento permanente.

Proposta para Situação de Aprendizagem Leitura e Apreciação Estética

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS
Professora Formadora    Andrea Hofstaetter
Tutoras a Distância: Lúcia Moraes - Patrícia Vianna Bohrer
Pólo Santo Antônio da Patrulha: 5ºSEM-2011/1
Anelise Ferreira da Silva

IDEIA PARA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Para turmas de 7ª Séries- Ens. Fund. Séries Finais
Tema Gerador: Leitura de Imagens
Através da Disciplina de Pensamento Estético e Representativo e a Disciplina de Planejamento em Artes Visuais pude entender a importância da abordagem da Leitura de Imagens em Artes Visuais, pois se o indivíduo não conseguir estabelecer conexões entre o que está vendo com suas vivências formais ou informais não haverá muito sentido para disciplina que necessita da abordagem reflexiva para estabelecer um agrupamento de idéias que o levem a estabelecer a ligação: História da Arte, Contextualização e Leitura de Imagem, pressupostos da Abordagem Triangular idealizadora Ana Mae Barbosa, que hoje é a principal referência do ensino da arte no Brasil. Essa proposta procura englobar vários pontos de ensino/aprendizagem ao mesmo tempo.
1ª Etapa:
Para iniciar a situação de aprendizagem proponho um texto do livro Explicando a Arte- Jô Oliveira e Lucília Garcez da editora Ediouro, pag. 24 e 25 para que o aluno entenda a importância do olhar observador.

Num segundo momento (que pode estar sendo em outra aula), conforme a disponibilidade de carga horária, distribuir imagens aleatórias para que anotem observações com relação às cenas, nada que sejam valorizados sentimentos, um olhar mais atento as cores, vestuário, cena, número de pessoas, paisagem...
Após esta atividade solicitar que os grupos façam uma explanação na sala abordando suas observações.
2ª Etapa:
    
Levar três imagens para a sala de aula, colocá las em um local onde todos da sala tenham condições de visualiza las, não identificá las (autoria, nome e movimento artístico), solicitar que respondam as questões abaixo elencadas.

1.    Do que trata esta imagem?
Imag-1:
Imag-2:
Imag-3:
2.    Por que será que fizeram esta obra/imagem?
Imag-1:
Imag-2:
Imag-3:

3. Você vê algum sentimento na imagem? Qual? De quem é esse sentimento?
Imag-1:
Imag-2:
Imag-3:

3.    Esta é uma boa imagem? Por quê?
Imag-1:
Imag-2:
Imag-3:

4.    Dê um (novo) título para a imagem.
Imag-1:
Imag-2:
Imag-3:

6. Qual das imagens é a melhor? E a pior? Por quê?
7. Você acha que a pintura de uma coisa feia ou triste pode ser boa? Por quê?
8. Uma coisa bonita pode fazer uma pintura ruim? Por quê?
                                                                             
9. Uma coisa feia faz uma pintura pior do que uma coisa bonita?
10. Você acha que o estado de espírito do artista influencia a produção da obra? Isso é: um artista triste faz uma obra triste? Variações: Um artista triste pode fazer uma obra alegre? Por quê? Um artista alegre pode pintar um quadro triste? Por quê?
11. Se a gente está triste, vê a imagem triste?
12. As pessoas podem ver coisas diferentes numa mesma imagem?
13. Como deve ser uma imagem para ser boa? Que tipo de arte você acha melhor?

3ª Etapa
Recolher as informações que os alunos dispuseram em suas análises, posteriormente montar um perfil pra turma, pois como pudemos perceber na leitura do Cap.5 de Hrernandez: ele sinaliza as considerações do autor Michael Parsons que publicado originalmente em inglês em 1987, numa definição de estágio como um aglomerado de idéias, e não propriedades desta ou daquela pessoa. Assim, parece claro que descrever um estágio não é descrever uma pessoa, mas sim um conjunto de idéias às quais essa pessoa recorre para compreender uma obra de arte (1992: 27).
Após essas considerações retomar cada obra individualmente, explorar o movimento artístico, a autoria, utilizando a leitura da obra para trabalhar a arte formal, (linha, cor, textura, camadas de tintas, movimentos artísticos...), assim o aluno começa a ter um olhar mais peculiar em cada obra, se utilizando da observação e da Leitura.
Retomando os Grupos iniciais de estudos, onde observaram uma imagem e as expuseram para a turma e lhes propor que agora façam a leitura dessa imagem e tragam a para o contexto atual lhe dando uma nova roupagem, preservando sua identidade inicial com uma Releitura do grupo.

Bibliografia:
Disponível em <http://moodle.regesd.tche.br/file.php/276/Hernandez_cap5_parte1.pdf>em 05/05/2011
Disponível em>http://anae.biz/rae/wp-content/uploads/2008/05/artigorr.pdf>acessado >em 05/05/2011
Disponível em http://andersonbenelli.blogspot.com/2011/02/reflexoes-sobre-abordagem-triangular.html>em 05/05/2011